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terça-feira, 23 de novembro de 2010
New York
Innnntão que estes últimos dias foram uma correria e não pude vir aqui com muita frequência, mas hoje venho com uma bomba.
Esta que vos escreve vai deixar de ser uma quase alemã.....para se tornar quase uma americana. Sim estamos de mudança, e sim DE NOVO, e não não sabemos quanto tempo vamos ficar, talvez 2 anos, talvez menos, depende de quanto eu vou enlouquecer desta vez.
Eu estou numa choradeira só. Cada vez que eu penso, eu choro. Hoje entreguei minha carta de demissão para o RH quase pedindo para eles dizerem que não podem me liberar cedo, que pela lei alemã eu tenho 1 ano de desligamento, etc... A boa notícia é que a fofa do RH vai tentar me transferir para a empresa em NY, assim não fico tão longe.
Tudo vem ocorrendo já há algum tempo, mas eu custava a acreditar que ia se realizar, e confesso até que eu estava torcendo para não dar certo e a gente continuar aqui no meu paraíso (AMO Alemanha, AMO Berlim). Fato é que agora tenho que resolver um monte de pendenga para poder sair deste país maravilhoso de bem com todo mundo. Quero tentar manter meu visto e tentar minha cidadania mais tarde, tem um monte de contrato para encerrar, carro para vender, móveis, roupas, brinquedos....aff, já cansei e estou aqui chorando de volta.
Quero crer que a mudança vai ser para melhor. Quero crer que eu e minha família vamos encontrar a Felicidade lá antes mesmo da gente chegar, pois por enquanto, pra mim, a Felicidade mora em Berlim. Estou e vou fazer de tudo para me adaptar e viver neste novo mundo.
Agora, momento HELP, alguém aí tem dicas para me dar? Tipo onde morar, que bairros evitar, quanto custa meu Deus para viver lá....dúvidas, dúvidas, dúvidas.....
Ainda no momento HELP, alguém quer comprar meu carro? Leasing baratinho. Mas tem que prometer que vai cuidar bem da Lucy (meu carro).
Já estou com saudades....
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Maratona de Berlim



Domingo de sol e pouco frio é um dia mais que propício para uma Maratona.
Em Berlim esporte tem outro significado, ainda mais quando se trata de Maratona. Diz-se que a população de corredores na Alemanha vem crescendo desde 1997 e hoje chega a 1,93/habitantes.
Esta Maratona foi record de corredores inscritos e record de público. Mas o que me chamou a atenção não foi só o fato do etíope Haile Gebrselassie ter ganhado e batido seu próprio record (42km195m em 2h03min59s), foi sim a animação do público.
Andando ao longo do percurso, era possível ver a vibração do público e a sua organização. Vários jornais das cidades confeccionaram brindes barulhentos para que os expectadores pudessem incentivar os corredores. Eu mesma peguei um belo brinde do jornal Berlin Morgen Post. Uma espécie de "catraca" de madeira, que ao girar emite um som de tec-tec. Claro que pode não ser ecologicamente correto, mas o brinde impressiona pelo acabamento (a Alemanha também é conhecida por seus brinquedos e perfeição em acabamento em peças de madeira).
Voltando aos expectadores, de tempos em tempos era possível encontrar grupos musicais. O primeiro que encontramos foi um grupo com um som bem familiar, tocando em um perfeito ritmo e numa sincronia quase suíça. Reconhecemos o estilo "batucada" e pensamos tratar-se do grupo de suporte aos corredores brasileiros. Não, tratava-se de um grupo de batucada alemão, vestidos ao melhor estilo baiano de capoeira.
Andamos mais um pouco e fomos atraídos por um ritmo mais calmo, e até sentamos para ver o grupo tocar. Uma bela banda de Jazz e Soul, tocando alí completa, sem pretensão.
Resolvemos continuar e encontramos o grupo de apoio aos corredores, parte da organização. Ali encontramos um grupo enorme de voluntários e barracas com aparatos modernos, onde era possível encontrar água, redbul, maça e banana. Tudo corretamente organizado de forma que o voluntário pudesse entregá-los aos corredores sem os atrapalhar.
Andando mais um pouco reconhecemos uma marchinha antiga de Carnaval, que na hora pensamos se tratar finalmente do grupo de brazucas. De longe avistamos as penas das sambistas, e o grito ritmado do apito do maestro. Não havia dúvidas. Agora sim, encontramos um grupo de brazucas. Depois de passar pela multidão que se aglomerava em volta, notamos que as sambistas tinham uma coloração de pele muito clara (o que não é nenhum problema). Mas chegando mais perto, descobrimos que todas as sambistas eram loiras e de olhos azuis. Chegando mais perto da bateria pudemos ver que todos os membros também era loiros e de olhos claros. Minha maior surpresa foi quando eu vi uma linda garota, de vestido longo e estandarte usando uma faixa com os dizeres: "Miss Suécia".
Ficamos perplexos! E nos demoramos ali por uns 40 minutos. Afinal tocavam boa música, eram afinados e ritmados, além de muito alegres.
Aqui vai o site do grupo Samba St. Olof: http://www.sambastolof.se/
Os brazucas? Encontramos. Vestindo um estranho uniforme laranja que mais lembrava os torcedores Holandeses....Samba? não, nenhuma música. Ritmo? nem sequer conseguimos descobrir o nome dos corredores participantes? Vibração? O único comentário que pude ouvir foi: "que terra fria, porque não fazem isto em um dia de verão?"...
E ontem, segundo os alemães, foi um belo dia de despedida do verão.....
Prefiro ficar com a alegria despretensiosa e o reconhecimento da superação humana que os alemães estavam transmitindo não só para os corredores da prova, mas também pelo encorajamento e estímulo dado aos corredores paraplégicos que também faziam parte do evento.
Parabéns a equipe organizadora e parabéns aos "Berlinas", que muitas vezes tem fama de rabugentos, mas que ontem mostraram muita animação e ginga, por que nao?
Obs: fotos divulgadas hoje no jornal Berlin Morgen Post.
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