quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ser Relações Públicas é.....


Innntão que estava aqui, numa quinta-feira cinza, sem idéias e comecei a lembrar de muita coisa que já passou. Eu sempre busquei nas minha experiências passadas uma orientação para o futuro. Algo como, o que eu fiz que deu certo e posso aproveitar, ou algo que não deu certo e é melhor fazer de forma diferente desta vez.

Há tempos ando meio descontente com meu trabalho, e olha que estou de volta da licença maternidade há 5 meses somente. Mas algo não está legal. Não posso dizer que são as pessoas, pois estas são novas e nem tive chance ainda de conhecer direito. O que realmente está me sufocando é o fato de eu não ter mais o prazer da descoberta. Consegui estruturar tudo de uma maneira tão racional que perdeu a graça, fora o fato de eu não poder ser criativa como eu gostaria. Aí você vem e me diz: procura outro trabalho. Seria fácil na teoria, mas na prática é diferente. Depois da maternidade há que se tormar decisões mais racionais e menos impulsivas, porque há um serzinho que depende de mim.

Assim, pensando, vasculhando e sonhando, encontrei este vídeo. Que na verdade me fez pensar, será que algum dia eu conseguiria dar um depoimento desses?




quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Política

Innntão que destava política quando morava no Brasil, mas gosto muito de ler uma coisa aqui e outra acolá por aqui. Sentindo muita tristeza no coração e, também  muita pena, é que digo que política no Brasil é uma palhaçada. Coisa de circo mesmo, onde nós todos, e eu me incluo nesta trupe, não fazemos absolutamente nada. Parecemos os sapos da Teoria dos Sapos Ferventes (não sei quem é o autor, se você souber, por favor se pronuncie e eu dou os créditos): a Teoria diz que se você jogar sapos em água fria e for aquecendo gradativamente eles não vão pular fora do recepiente e vão acabar por morrer cozidos. Porém, se você os jogar em água que já esteja fervente ele reagirão e pularão fora, salvando suas vidas. Brasileiros são apáticos e estão como sapos sendo cozidos lentamente. Enfim, minha indignação só se torna mais clara porque fui jogada em água fervente e aprendi a pular.

Aproveito o momento Eleição para deixar aqui um texto comparativo entre eleições no Brasil e na Alemanha. Texto retirado do DW.

Na briga pelo voto, táticas usadas no Brasil diferem da prática política alemã

 

No Brasil, a última semana de propaganda eleitoral antes do primeiro turno faz os candidatos lançarem mão de estratégias de urgência. E na briga pelo voto, nem tudo o que vale no Brasil é apreciado em outros países.

 

A menos de uma semana do fim da campanha eleitoral, os candidatos à presidência entram na fase "ou tudo ou nada". O ataque pessoal entre os concorrentes, as falas e gestos medidos para cada momento e para cada tipo de espectador dão um calor diferente à disputa. Mas como é que se conquista um voto?
Resultados de pesquisas de opinião dificultam uma interpretação clara de como o programa de governo, os slogans de efeito e a aparência pessoal influenciam a escolha do brasileiro. Enquanto uma pesquisa do Instituto Datafolha mostrou que 45% dos eleitores consideravam José Serra o mais preparado para governar o Brasil, Dilma Rousseff continua liderando as intenções de voto, com 49%, segundo pesquisa do mesmo instituto feita em 24 de setembro último.
Às vésperas da eleição brasileira, os ataques pessoais são uma estratégia que apimenta a disputa pelo voto. Na Alemanha, as críticas são menos pessoais e mais focadas na habilidade de governar do político: "O que as pessoas buscam de fato é desqualificar os adversários quanto à sua competência para governar ou para fazer negociações, ou tomar decisões. É o que tem acontecido recentemente, com denúncias sobre a falta de espírito de liderança da Merkel",  avalia o pesquisador Sergio Costa, professor da Universidade Livre de Berlim.
A vida pessoal dos candidatos na Alemanha também entra em discussão, mas sob outros aspectos: se os candidatos foram membros da Stasi ou não, por exemplo. Já no Brasil, o  fato de Dilma ter sido guerrilheira no passado não é decisivo para o eleitor. O que repercute mais no imaginário das pessoas são os jingles veiculados em horário nobre da televisão brasileira, com adjetivos pejorativos e tiradas sarcásticas.
Escolha do voto
“Apesar de o marketing eleitoral no Brasil ser tão desenvolvido no sentido de projetar as pessoas e colocá-las em evidência, o eleitor no fundo quer saber quem vai atender melhor os interesses pessoais e de grupo, e nesse sentido ele é igual ao eleitor alemão”, avalia Sergio Costa.
No entanto, a abordagem no Brasil é muito mais personalizada: os candidatos se esforçam para se mostrar ao eleitor como pessoas confiáveis, que defendem os interesses certos e vão implementar eficientemente os seus planos, além de desempenhar um papel de liderança importante.
Na Alemanha, a população tende a rejeitar lideranças populistas, como lembra Sergio Costa. Depois da história traumática do país em torno da figura de Hitler, a ênfase recaiu sobre o teor do programa político. "Antes de ser uma disputa em torno do 'quem',  é uma disputa sobre o que fazer.  E cada partido tem uma plataforma para definir o que é prioritário e como isso pode ser feito. Se um partido conseguir mostrar para o eleitorado que aquilo que ele está propondo é o mais importante a ser feito, ele ganhou metade da eleição", afirma Costa.
Na realidade brasileira, os temas tendem a ficar em segundo plano. "Durante a campanha eleitoral, a competência individual entra em jogo para realizar não se sabe exatamente o quê. Quer dizer, isso se discute depois", compara o pesquisador. O plano de governo proposto pesa menos no caso brasileiro: o que se analisa não é exatamente o que o político diz, mas como ele se apresenta e se credencia como alguém capaz de levar suas ideias adiante.
O peso da aparência
Nos dois  países, a aparência influencia o prestígio, o poder e a confiança que os candidatos transmitem, mas as razões são diferentes.
Como no Brasil a maneira como a política é feita passa fundamentalmente pela televisão, o cabelo, a roupa e o sorriso têm um forte impacto na escolha. Os três candidatos a presidente zelam por uma boa aparência pública. Dilma, por exemplo, repaginou o visual antes de lançar sua candidatura.
Na Alemanha, os candidatos buscam, em sua apresentação pessoal, se identificar com o eleitorado ao qual está se dirigindo. “Se um politico do Partido Verde aparecesse com um carro de 300 cavalos, movido a gasolina, por exemplo, isso seria teria uma repercussão muito ruim entre seus simpatizantes", considera Sergio Costa.
A obrigação
E ainda: o voto entre os alemães não é obrigatório. Esse fator também exerce um grande papel na escolha do representante político, tanto na Alemanha como no Brasil. O eleitor brasileiro se sente no dever de tomar uma decisão, de não votar em branco ou nulo.
Na Alemanha, qualquer movimento em falso pode desanimar o eleitor a dar sua opinião nas urnas, como ressalta o cientista politico Karl-Rudolf Korte. Um fator importante antes das eleições é o partido explicitar quais eventuais coligações de governo ele estaria disposto a fazer ou não: "Quando não está claro para o eleitor o que virá depois de ele ter dado o seu voto, a motivação de participar da eleição cai. Principalmente os pequenos e médios partidos são aconselhados a sinalizar, ao menos, as alianças políticas que ele cogita."
O brasileiro, na maioria esmagadora dos casos, não vota em partidos politicos. A legenda pouco influencia a corrida eleitoral. Há casos excepcionais, no entanto: quando se trata de uma eleição em que o presidente mais popular da história pede o voto para a candidata de seu partido. Ao que tudo indica, nessa situação a indicação é infalível.

Autora: Nádia Pontes
Revisão: Simone Lopes

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Baladeira

Eu já fui como esta música....snif

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Receita de Feijoada Alemã

Innntão que resolvemos oferer um almoço para um casal de amigos, e decidimos por fazer uma receita brasileira. Foi-se euzinha para cozinhar fazer Feijoada, e de quebra Mousse de Coco com Ameixas em calda de sobremesa.

Pegue a caneta e papel e anote ingredientes alemães para uma Feijoada.

Feijoada Alemã (para 6 adultos famintos)
500g Schwarzen Bonnen (feijão preto mesmo, que em Berlim você encontra em qualquer supermercado)
3 Kabanossi (substituição para o Paio e Linguiça Calabresa)
400g Geräucherter Kassler Rippen (substituição para a Costelinha de Porco)
300g Carne Seca (em Berlim você encontra fácil em Mercados Hispânicos, caso seja difícil para você, substitua por Geräucherter Schwartzwald Schinken)
100g Speck (nosso querido Bacon)

Alho, cebola, cheiro-verde e pitmenta são a gosto. Como por aqui os produtos defumados são bem salgados, eu evito usar sal antes de tudo estar pronto. Eu também cozinho tudo separado e só junto no final, a fim de evitar aquela gordurinha nojenta que fica por cima quando a feijoada esfria.

Para o Mousse de Coco não tem muito segredo, e nem muita substituição:
1 lata de leite condensado (é amiga, aqui tem Leite Condensado e se chama Zucker Condensed Milch)
1 lata de Leite de Coco Cremoso (atenção que tem que estar escrito Cremig na lata, porque por aqui existe o Flussig, que praticamente é só água de coco)
50g de Coco ralado (Kokos Raspel )
1 Envelope de Gelatina sem sabor (Gelatine ohne Geschmack)
Bata tudo no liquidificador e coloque para gelar.

Procuramos Ameixas em Caldas e sinto informar que não existem por aqui. Portanto apelamos para a versão feita em casa:
1 lata de ameixas secas sem caroço (Getrockenen Pflaumen)
500ml Água
1 xícara de açúcar
1 dose de Disarono
1 dose de Vinho do Porto
(estes eram os licores que eu tinha em casa, e decidi misturar os dois, você também pode tentar com vinho ou qualquer outra bebida álcóolica que você tenha em casa. Ahhh, a dose é uma dose pequena, tipo uma xícara de expresso!)
Coloque tudo numa panela, leve ao fogo, e deixe ferver por uns 20 minutos. Pronto.

Bom, fotos não tirei porque sou uma relaxada mesmo e já estava cansada por estar 2 dias cozinhando (sim, eu faço a feijoada de véspera). Só posso dizer que a galera gostou, repetiu e ficaram fascinados com a farofa!!! (sim, de farinha de mandioca...infelizmente para isto ainda não encontrei substituto e compro a minha em Mercados Hispânicos). Ainda tinha arroz branco, vinagrete e filet de laranjas (chique, não? Aprendi com o Galileo). Ahhh, e claro Caipiroska (porque eu não gosto de Cachaça, inntão era de Vodka) de Kiwi e Limão (que eu sou fina, bem, tem opissão di iscolha).

Todo mundo satisfeito, inclusive as crianças, que ganharam mesinha especial, com direito a guardanapo do Merlim, cadeirinhas coloridas e Menu especial (bolo de legumes, blagh!).....ahhh, ia quase me esquecendo...e Guaraná Antarctica...ahahaha (amaram!).

No fim do evento dei-me por satisfeita, pois afinal atingi meu objetivo que era estreitar nossas relações com os alemães e aumentar nossa rede social (porque Relações Públicas que se preza não faz evento sem objetivo...Ai se MM me visse agora, teria orgulho de mim!). O breakeven foi fantástico, não só satisfiz nossos convidados, como de quebra ganhei Telefone, Celular, Email, Endereço, e Telefone de Casa de uma PEDIATRA!!! (pausa para se recuperar da euforia...você que já leu posts anteriores sabe a tragédia que é ter filho pequeno sem seu personal pediatra).

Guten Appetit!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Harley-Triumph


Innnntão que Pitico tem uma motoca, dessas de aprender a andar. Quando compramos levamos em consideração o que estava escrito na caixa: 4 em 1. Realmente cumpriu todas as 4 funções até agora, mas ontem descobri mais uma que o fabricante desconhece.

Fomos para a pracinha em frente de casa encontrar tia Ro e seu respectivo Pitico e resolvi levar a tal motoca. Pitico parecia um adulto mostrando um carro novo. Sentado em sua motoca ele ia dando tchauzinho para a gerente do restaurante da esquina e mandando beijo para a garçonete da sorveteria. De repente ele não estava mais montado em uma simples motoca infantil e sim em algo como uma moto Harley Davidson ou Triumph. Todas as crianças do play olhavam para Pitico cobiçando sua Harley-Triumph. E neste instante comecei a analisar melhor minha cria. Vi uma criança se transformar com os olhares alheios. Se colocou ereto e comprimentava todos os coleguinhas de classe com um jeito maroto que só criança quando percebe que está tendo atenção faz. Dava tchauzinho como que dizendo: - Hey, esta é minha Harley-Triumph e se você mexer comigo hoje, está aqui é minha mãe.

Tudo ia bem até que encontramos tia Ro e Lukas com sua bola. Pitico insandeceu, perdeu a compostura e voltou a se comportar como a criança de 1 ano e meio que é. Esqueceu-se completamente de sua Harley-Triumph e só via aquela bola. Ele só queria aquela bola, e gritava por isso. E não pensem vocês que minha cria não tem bola, ele só não tem aquela bola. Ahh, para registro, não era UMA bola, era só uma bola de plástico, destas que se compram em supermercado.

Tia Ro e eu nos entreolhamos e percebemos que haveria problemas. Lembrei da Harley-Triumph e ofereci a Lukas, que soltou sua bola mais do que depressa. Pronto, Lukas e Pitico satisfeitos brincando. Esta paz celestial durou cerca de 15 minutos. Durou até que Lukas percebeu que havia fila para o balanço e saltou da Harley-Triumph do Pitico. Pitico ainda continuava com a bola, por minha sorte. Motoca jogada oportunidade para criança mechilhona. Lá vieram umas tantas atrás, pois parecia coisa sem dono. Coloquei ordem na bagaça e estabeleci regras para uso. De novo tudo em ordem e pude trocar mais 2 palavras com tia Ro.

Pitico, innnntão se apercebeu que havia muita demanda para sua motoca e largou a bola de Lukas. Chegou dando voadora na coitadinha da lorinha que estava sentada em sua Harley-Triumph. Consegui apaziguar o choro da Cachinhos Dourados e entretê-la com sua própria bike. Mas não era o suficiente, Pitico queria guerra! (Isto me lembra que a professora disse que Pitico e Cachinhos Dourados têm um affair, e talvez por isso ele estivesse bravo com ela, vai saber). Foi até Cachinhos, deu de dedo e lhe tomou a bicicleta. Cachinhos olhava pra mim como quem diz: pô Sogra me dá um help. Coloquei os dois para conversar, como qualquer mãe sensata faria, e consegui que Pitico então andasse de bike e Cachinhos ficasse com a Harley-Triumph.

E assim se foi por todo o resto de tarde de ontem. Porém, a Harley-Triumph agora também é moeda de troca. Terminamos o dia todos felizes e Pitico pode brincar com uns 15 brinquedos diferentes e sua Harley-Triumph fez a felicidade de umas 15 criancinhas. Espero que Pitico tenha aprendido o conceito de negociação e faça mais escambos nas próximas visitas ao play.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Maschup



Hoje recebi este vídeo e achei muito bacana o trabalho dos meninos.


Maschup vem da galera que mexe com internet, e que significa "um website ou uma aplicação web que usa conteúdo de mais de uma fonte para criar um novo serviço completo", segundo pesquisa na internet.

No ramo da música Maschup é fazer um mix. Na verdade pega um sorvete, um pouco de leite e vamos fazer um Milk-shake...rs


Voz: Sam Tsui
Produção: Kurt Schneider
Músicas: Love tha way you lie; Dynamite e Teenage Dream.

Enjoy!

Innntão que Pitico está prestes a fazer 18 meses de vida e a mamaezinha aqui, que não pára de pensar, já está preocupada com a fala do muleke. Não que ele tenha problemas, de forma alguma, e muito pelo contrário, ele até fala demais e até pelos cotovelos, o problema é que é uma fala única, só dele. Minha preocupação se dá ao fato de que a pessoinha escuta diferentes idiomas (em casa falamos português e ele vai para uma escolinha alemão-espanhol) eu temo que ele fique confuso e demore muito a falar.

Momentaneamente, e eu realmente espero que seja um momento, ele está na fase do grito. Como não sabe falar, grita, grita, grita, e grita mais alto. As únicas palavras que consigo realmente entender são:
- Danke (obrigado em alemão) que ele diz quando está satisfeito, ou quando não quer mais alguma coisa;
- Aga (água);
- Coco (isso mesmo que vc pensou);
- kuku (o que o pássaro cucu faz quando sai do relógio) e que para ele significa brincar de esconder;
- ich (eu em alemão) que ele emprega todas as vezes que percebe que não vai participar de alguma coisa;
- bô (acabou);
- ball (bola em alemão);
- gol (começou ontem porque teve joguinho na escola);
- kaká que não sei o que significa, pois começamos a brincar na época da copa e hoje em dia serve de distração enquanto ele está na banheira e eu fazendo alguma outra coisa na casa, assim eu sei se ele está mesmo brincando ou fazendo alguma travessura;
- u-ha, u-ha (em som quase mudo, só o som do vento saindo da boca) que significa que ele vai tomar remédio;
- qué (quero) que ele diz e aponta para tudo que ele vê;
- Mama (que sou euzinha), mas que ele usa também para o pai, para protestar, para começar a chorar;
- Au-au (cachorro);
- Kikiriki (galinha ou galo, sei lá...fato é que o som dos animais aqui não soam como no Brasil).

Até que é bastante, mas percebo nas ruas e na própria escolinha que outras crianças da mesma idade já conseguem colocar 2 palavras juntas, tipo Zézinho-bola, o que a mãe entende como o Zézinho quer jogar bola. Pitico começou recentemente a fazer mímica ou apontar para as coisas. O engraçado é que ele pega na nossa mão e nos leva até onde ele quer e fica “Mamamamamama” apontando para um armário ou para o lugar que está o que ele quer (ele faz isso geralmente com a geladeira e com o armário onde estão os biscoitos, esperto não?).

Já li que cada criança tem seu tempo, etc e tal, mas tenho a sensação de que ele está demorando....e por isso desenvolvo 50 tipos de medos e receios diferentes (tipo já pensei que ele tinha problemas de surdez, mas quando escuta música ele dança e quando eu falo em alemão ele obedece, o que descartou tal hipótese)....Sogrona conta que Mozão tinha preguiça para falar e demorou muito a se fazer entender....será que Pitico herdou este gene do pai?

De qualquer forma, socializa aqui sua experiência e acalma o coração de uma mãe surtada.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Massa ou Frango?


Innntão que na verdade eu ia escrever sobre o He-man, mas acabei achando isto mais interessante.

Em geral eu acho comida de avião muito sem graça, feia mesmo (eu sou uma pessoa visual, portanto se a comida vem toda misturada já é motivo para eu não curtir muito).

O que achei interessante neste artigo é até onde vai a pesquisa. A pesquisadora tem um simulador! Alô? Eu já tinha visto alguns documentários sobre comida de avião, e um deles sobre a primeira classe da Lufthansa que me deu vontade de me candidatar a degustadora. Vocês não têm noção do processo de criação dos menus...mas isto é assunto para outro posto.

Fiquem agora com a pesquisa da Dra. Andrea Burdack. Matéria original extraída do site da Deutsche Welle Brasil.

Pesquisadora explica sabores de refeições oferecidas em voos


Pesquisa revela fatores que influenciam percepção de sabor das refeições oferecidas em voos. Entenda por que o suco de tomate, por exemplo, tão pouco popular em restaurantes, faz grande sucesso acima das nuvens.


A refeição oferecida em aviões não costuma sempre agradar a todos. Isso se deve, em primeiro lugar, ao sabor e à forma de preparo dos pratos. Receitas saborosas com seus temperos conhecidos têm um sabor diferente a 10 mil metros de altura – no geral, a comida é mais sem graça.
Os chefs das companhias aéreas sabem, por experiência própria, que precisam adicionar mais sal e temperos às refeições. Pratos asiáticos, que são preparados com bastante óleo de soja e especiarias, têm boa recepção junto aos passageiros, por exemplo.
O que, em solo, tem um sabor muito apimentado pode não ter o mesmo gosto no ar. Os motivos que levam a esse fenômeno e os mecanismos pelos quais isso acontece são objeto de pesquisa de Andrea Burdack, engenheira química do Instituto Fraunhofer em Holzkirchen, perto de Munique.
O Aroma
A pesquisadora especializada em aroma suspeita que as condições de pressão a bordo de um avião atue como uma espécie de “ladrão” de sabor. 
“Ocorre a diminuição de oxigênio no sangue, a chamada hipóxia. Por isso os receptores são menos eficientes. No caso dos receptores olfativos, soma-se o fato de que o aroma, para chegar até esses receptores, primeiramente passa pela mucosa nasal, ou seja, o aroma precisa ser resgatado e em baixa pressão isso acontece de uma maneira deficitária”, explica Andrea Budack.
Teste em simulador
No Instituto Fraunhofer, em Holzkirchen, os testes acontecem numa cabine de Airbus A380 adaptada especialmente para esse fim: ela foi instalada em uma câmara de baixa pressão. Ali é possível simular as condições de um voo de até 12 mil metros de altitude. E para deixar a situação ainda mais autêntica, até o ruído do voo é reproduzido.
Naquele ambiente, a pesquisadora dilui diversos aromas em balas de goma, que serão provadas pelos “passageiros” sob condições normais de pressão, e também sob baixa pressão.
A suposição é que cada pessoa tem um limiar de sensibilidade no gosto pessoal, o que corresponde à literatura especializada. Nas condições de pressão dentro de um avião, esse limiar aumenta. A pesquisa na câmara especial mostrou que, de fato, sob condições de baixa pressão, a concentração de aroma precisa ser dez vezes maior para que seja detectado.
Na segunda rodada de refeição, Andrea Burdack serve o famoso frango. O diferencial desse prato é que ele é servido com dois molhos: o típico, que acompanha a refeição “em solo”, e um modificado para o teste. Os passageiros, então, avaliam o sabor de ambos os molhos, e quais as diferenças marcantes notadas.
Menos apetite
Segundo a pesquisadora, principalmente os sabores azedo e amargo são percebidos pelos participantes dos testes. Por outro lado, a percepção do salgado e do doce é 30% menor.
Na seleção de vinhos, a perda da percepção de sabores também é de importância: vinhos mais pesados receberam boas notas e vinhos mais leves logo foram classificados de muito azedos.
E também o mistério do suco de tomate parece ter sido resolvido: o seu sucesso nos voos se deve ao seu aroma amargo. Se em solo o suco parece cheirar a mofo, acima das nuvens ele é percebido como afrutado e refrescante. Além disso, ingredientes com tais sabores freiam o inevitável apetite que se tem dentro de um avião.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Matemática do trabalho


Innnntão que vou começar a partir de outubro a ser uma nova mulher, não que eu já não me recicle todos os dias, mas minha rotina vai mudar. Mozão e eu decidimos usufruir um pouco do sistema alemão e vou começar a trabalhar 30 horas por semana, o que na prática significa que vou sair 2 horas mais cedo. Uhhhuuuu....Pera, que neste tempo eu vou ficar mais tempo com o Pitico, vou poder cozinhar mais e melhor, vou ter tempo para mais atividades domésticas.......tô vendo que o trabalho não vai diminuir, muito pelo contrário...heheheh

Mas, como marketeira que sou, o que não tem nada haver com este parágrafo, comecei a ter sonhos acordada quando recebi um email da minha chefe perguntando como eu queria dividir estas horas, tipo que horas eu queria entrar, sair, almoçar, etc...

Meu sonho começou assim:
30 horas 5 dias da semana = 6 horas por dia

MAS, nas segundas e terças eu tenho aulas de alemão, o que não compensa eu ir pra casa às 16h e depois voltar às 18h30 para as Unterrichten. Daí eu pensei que em fazer assim:
Segundas = 8 horas
Terças= 8 horas
Quartas =6 horas
Quintas= 6 horas
Sextas= 2 horas

Mas aí deu preguiça de vir trabalhar só 2 horas em uma sexta-feira (ninguém merece). Inntão continuei surtando e pensei que se eu não almoçasse nas quartas e quintas eu poderia compensar as horas da sexta e ter um dia livre. Seria óteeemmooo.

Foi quando eu acordei e me dei conta que o sistema te ajuda, mas não é a sua mãe. Innnntão que o negócio foi voltar no plano original e ter 6 horas por dia, porque alemão é quadradinho e quando comecei a explicar o que eu queria já barraram minha criatividade e disseram que por motivos de controle o melhor era dividir igualitariamente.

E eu te pergunto, no final das contas não dá 30 horas do mesmo jeito?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A saga continua


Innnntão, depois do Terror da Madrugada teve a peregrinação de hospitais, porque sofrer pouco é bobagem.

Ainda na sexta-feira, voltei para casa depois do trabalho, e Pitico estava ainda com febre e com o olho esquerdo inchado e caído. Na hora me bateu um desespero: este menino teve um derrame, ou AVC. E partimos novamente para o hospital.

Eis que então vem um cidadão bruto examinar o meu princepezinho. Olha daqui, escuta pulmões, olha ouvidos, e nada. Diz que a febre não faz sentido porque ele não tem nada associado. E perguntamos, mas doutor, o olho, veja como está inchado. E a anta travestida de médico nos dis que isso não é importante no quadro. Alô? Mas ele resolveu fazer um weiteruntersuchung, que em bom português significa que ele ia pedir exames. E então ele colocou um saquinho no piu-piu do Pitico e nos mandou para casa dizendo que caso Pitico ainda fizesse xixi naquele dia, poderíamos voltar que ele estaria de plantão até as 22h (já eram 20h), ou se não trazer a coleta no dia seguinte.

Mozão e eu decidimos encher Pitico de líquido e ir na esquina comer um dogão e voltar ainda no mesmo dia, para pelo menos termos uma resposta. Uma hora se passou, voltamos ao hospital e.....Pitico tinha feito um montão de xixi, porém fora do saquinho..humpf.

Como já não tínhamos ido muito com a cara do anta-médico, resolvemos ir pra casa, medicar com o que tínhamos e rezar para que tudo melhorasse.

Sabadão, uhu, Pitico acordou à toda, felizão. Até ficamos surpresos e contentes, e por isso a Momy aqui foi pintar as madeixas (desabafo: ainda tô me estranhando morena). Quando, lá pelas tantas da tarde, Mozão veio me buscar e olho Pitico, bumm, ali o olho inchado e caído de novo. Sogrão já tinha falado para levar no oftalmo na segunda, innntão liguei no pronto socorro de olhos, e lá nós fomos.

Para quem precisar, recomendo, Hospital Benjamin Franklin, parte do Campus do Charité. Atendimento rápido e fantástico. Mas na triagem a enfermeira preferiu nos encaminhar para o Pediatra e não para o Oftalmo. OK, vamos lá de novo ouvir pulmão, medir febre, olhar ouvido e garganta, nós pensamos.

Que nada! Veio uma enfermeira e meteu um cotonete de Itu na guela do Pitico para fazer um exame de alguma coisa que ainda não consigo pronunciar (resultado deu negativo). Depois veio o médico e tarammmm, primeira coisa que notou? Olho do Pitico! Ponto pra ele. Nos fez um milhão de perguntas, anotou tudo, fez mais perguntas, anotou mais um pouco e então olhou ouvido e garganta, e ouviu o pulmão (a febre já tinha sido medida pela primeira enfermeira). Nos disse que o ouvido esquerdo estava inflamado e que isto estava causando uma inflamação no olho, e que deveríamos medicar com Antibiótico (aqui esta palavra é um tabu, sei lá algo como dizer palavrão) e ele disse isso com muita parcimônia e usando toda a psicologia que ele aprendeu na escola, acho que para não nos traumatizar. E nós radiando felicidade, porque alguém resolveu dar algo além de anti-térmico, água e ar fresco!

Este médico, ainda, nos pediu um momento e escreveu tudo no seu computador e nos entregou um relatório impresso de tudo o que conversamos, mais as indicações de como usar os medicamentos, mais a anminese e o seu julgamento para levarmos ao pediatra do Pitico na segunda-feira.... Vocês estão intendendo qui ele entregou tudo isso impresso? Talvez porque a gente tinha cara de apavorado, e gente nervosa é ruim com detalhe, ou porque nosso alemão não era dos melhores, sei lá...fato é que adorei este médico, e adorei mais ainda a palavra medicamento.

Saímos do hospital um pouco mais aliviados e fomos direto para a farmácia providenciar os remédios. Pitico acordou no domingo outra criança, e aí eu te pergunto: já não poderiam ter medicado esta criança antes? Não poderiam ter evitado um monte de stress? Coisas de país desenvolvido que acredita muito mais em ar fresco e muito líquido, e se medica com muita homeopatia, e prefere esperar a gastar (investir) dinheiro em muito exame. Enfim, não concordo, mas moro aqui e preciso encontrar um jeito de fazer do meu modo.

Fato é que Pitico está melhorando, ou melhor, já está bem melhor, mas por medida de precaução não está indo para a escolinha.

Coisas que aprendi neste fim de semana:
- Não ir mais no hospital que íamos
- Insistir no meu ponto de vista (alemão, em geral, é considerado grosso porque enche o saco até conseguir o que quer)
- Trazer muito antibiótico infantil do Brasil em Dezembro

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Terror da Madrugada


Innnntão que realmente a coisa piorou, como eu previ ontem.

Cheguei em casa e estava tudo muito quieto, já no hall imaginei que ou os 2 saíram ou Pitico já tinha sido levado por Morfeu. A segunda opção estava correta. Dormia, que parecia que não tinha nada, e meu coração de mãe se tranquilizou um pouco. Entrei, então, e beijei Mozão. Small talk sobre como tinha sido tudo, etc, e tal, e fui tomar uma ducha enquanto Mozão buscava minha pizza preferida: Pizza Hut (tá que não é saudável, tá que tem gente que diz que não é pizza de verdade, mas eu AMOOOO).

Saí do banho e tive a infeliz idéia de procurar remédios para gripe, e eis que Pitico acordou, suado e com febre. Acalmei, cantei, ninei e nada. Solução: bora com a momy ver que anda acontecendo no universo do mickey mouse.

Mozão chegou com a pizza e Pitico se jogou no colo dele. Daí um impasse: como vamos fazer para comer? Não podíamos colocá-lo na cadeirinha porque a capivarinha iria querer jantar de novo, e por causa da diarréia, que ainda persistia, melhor ficar só na banana e torras e longe de pizzas. Como Pitico estava enamorado do paizão, euzinha ganhei o privilégio de comer primeiro.

Todos jantados, banhados, medicados e relaxados, colocamos Pitico para dormir, acreditando que Morfeu tomaria conta da febre e dele durante a noite toda. Lá pela meia-noite (oi? Já percebeu que se alguma coisa ruim vai acontecer é sempre perto deste horário?) Pitico grita, chora, esperneia, e descobrimos que as assaduras estavam incomodando, bem como um popozinho fresquinho, feito na hora. Fraldas limpas e preguiça de ficar lá fazendo companhia, colocamos Pitico para dormir conosco. Mais um pouco de paracetamol, e vamos que vamos.

Soninho, sonhos estranhos, Pitico puxando meu cabelo e plin 4 da matina. Crise de choro que não parava com nada!! Nova fralda, e como estava muito quente, resolvemos dar um banhinho mais friozinho para abaixar a febre que já batia a casa dos 40 graus.

Diálogo:
- Mozão vamos para o hospital?
- Não, vamos esperar o supositório fazer efeito.
-(euzinha em lágrimas) Mas Mozão, naquele filme dos Anjos, com o cara do Senhor das Armas, a mãe dá banho friozinho na menina, mas ela já estava com o Anjo (pausa para explicar que quando estou nervosa não consigo me lembrar nem do meu próprio nome, quem dirá do nome do Nicolas Cage e do filme Cidade dos Anjos, mas sou capaz de lembrar detalhes bem pouco importantes para qualquer um). Não quer ligar para o seu pai? (euzinha já estava aos prantos, olhando para Pitico e segurando sua mãozinha tentando ver o anjo dele e pedindo para não levarem ele embora)

Mozão sentiu o drama e ligou para o Sogrão. Por sorte no Brasil ainda era meia-noite (oi? De novo) e Sogrão, que é médico, já está acostumado com os filhos ligando fora de hora. Resultado da ligação: já para o hospital.

Preparamos tudo e fomos, euzinha com Pitico no colo, ignorando as leis de cadeirinha, pois eu sou mãe e estou sofrendo e esta poderia ser a última vez que eu seguraria meu filho nos braços.

Hospital vazio, atendente simpática, euzinha explicando e preenchedo papéis com lágrimas nos olhos (alô? Eu reconheço que precisam de um pouco de informação, mas não dá pra deixar a burocracia para depois?). Somos encaminhados para a sala de exames e vem uma Pediatra ultra calma avaliar o Pitico.

Olha daqui, mede a febre acolá, e chega a conclusão que o Ibuprofeno começa a fazer efeito (a vá, Pitico já estava recitando o Alfabeto com Mozão na porta) e que ele tem uma leve irritação no ouvido, mas como é bem pouca ela prefere que o Pediatra do Pitico o avalie mais tarde e resolve não medicar, pois acredito ser ainda muito cedo para dar antibiótico. (Alô? Já eram 6 da matina e a gente estava sem dormir direito desde as 24h....mas como por aqui sempre há buts e mas e abers para dar antibiótico para crianças, resolvemos concordar e ir embora).

Realmente a Pediatra do hospital foi ultra atenciosa e deixou a gente mais calmos, e eis que estamos pegando os papeis dos exames para levar para o Pediatra do Pitico e nos despedindo e Pitico vira para a médica, diz tchau e larga um DANKE (obrigado em alemão). Ganhou a médica que deve ter tido o caso mais light da noite e também o paciente mais simpático).

Voltamos pra casa, Pitico capotado, dormiu até as 10h. De novo no Pediatra, mesmo quadro, tudo em ordem, apenas a diarréia fez com que ele perdesse um pouco de líquido, vamos repor com isotônico e esperar, rezando durante o fim de semana, para que ele se cure von allein, ou em bom português: sozinho. Qualquer problema é para voltar na segunda-feira.

Innnntão que Pitico não se deixa abalar, está lá brincando, enquanto Mozão e eu estamos acabados e com olheiras profundas, mas felizes de vermos nosso filho vivo e em recuperação.

Bom fim de semana à todos.


Ps: sabadão vou radicalizar e deixar minha loirice de lado, aguardem cenas da próxima morena de Berlim.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Recuperação

Inntão que o dia hoje foi difícil e aparentemente vai piorar. Começou com chuva, passou por várias turbulências na produção de muitos comerciais de tv e várias refações, até culminar com a recente notícia de que Pitico está com febre e tem assaduras.

Poxa, não sei se as crianças neste idade no Brasil ficam tão doentes quanto aqui, mas a relação está mais ou menos assim 1 dia na escola = 1 semana em casa.

Por lei tenho direito a 10 dias de Krankengeld pelo plano de saúde e a empresa me dá mais 5 dias. Já utilizei o joker da empresa e metade do plano de saúde. Espero que este não seja o caso de usar mais, pois tenho medo quando realmente ficar frio e todos os piticos ficam doentes mesmo.

Então? Você que tem filhos, ou sobrinhos no Brasil, eles ficam assim com tanta frequência doentinhos?

Bom descanso.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Conto de Fadas

Innnnntão que Gata Borralheira morava num castelo, não tinha madastra malvada e nem meio-irmãs rabugentas. Mas a Gata não era feliz e sonhava em ter pequenos prazeres do reino em que vivia.

Gata borralheira lavava, mas não passava e nem limpava, por sorte este serviço já tinha sido terceirizado no reino. A Gata também cozinhava de vez em quando e fazia um extra trabalhando no comércio local. Era uma mulher moderna e dava conta de tudo, até que apareceu o Principe Encatado e nem tudo foi feliz para sempre.

Com o grande amor pelo Princípe tiveram um Pequeno Príncipe, e aí o trabalho da Gata só aumentou. Além de tudo que já fazia, começou a exercer mais uma tarefa, a de mãe. Aos poucos deixou de ser Cinderela, sua personalidade na night do reino, e cada vez mais se tornou Gata Borralheira.

Mas os sonhos da Gata não se deixavam sufocar, e ela continuava querendo um dia viver os prazeres do reino, ter mais tempo sozinha com o Príncipe, ler um livro com calma, ir malhar na academia do castelo, levar o Pequeno Príncipe no Zoológico, visitar a prima manicure mais vezes, fazer atividades que lhe dessem prazer e não por obrigação....enfim sentir-me mais Cinderela e não deixar a chama morrer.

Infelizmente a Fada Madrinha está aposentada e permanentemente fora do jogo e a Gata vai ter que continuar com sua jornada tripla sem poder usufruir do status de princesa que o Reino lhe concede. Mas ela continua sonhando, e quem sabe um dia a Gata se torne Cinderela de vez e então serão felizes para sempre.

Falta de Educação

Innnntão que a verdade mata o mistério e a falta de mistério produz o tédio.
Anna Verônica Mautner

Porque hoje eu “tô” muuuuiiito entendiada e sem sonhos vou falar da vergonha que certos brazucas fazem a gente passar. Eu sempre disse que dinheiro não compra estilo e nem bom gosto. Neste caso não comprou nem educação.

Ivete Sangalo fez show in NY e levou uma trupe de vip brazuca e eis que tais vips, que possuem dinheiro e se dizem viajados, emporcalharam, mais uma vez, a nacionalidade brasileira. Simplesmente brasileiro é o rei do não protocolo, e já é mundialmente conhecido como o imperador do ‘jeitinho’. O fato é que fora de casa não dá pra dar um ‘jeitinho’. A regra é igual para todos, e isso acho interessante nesta experiência de morar fora do Brasil. Não adianta chegar no segurança e dizer: - sabe com quem você está falando?... Não, o segurança não sabe e está sendo pago para não saber. Ele está sendo pago para manter a segurança do local.

Para entender melhor, leiam aqui o ocorrido.

Agora me digam, já não basta a nossa nacionalidade verde amarela ser sinônimo de prostituição e só festa? Tem que vim artista fazer merda também?

Boa Falta de Educação

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Integração

Innnntão que um cidadão alemão resolveu escrever um livro. Até aqui ótemo, se não fosse o tema escolhido: imigração. Aí você me pergunta, qual o problema? Teoricamente não haveria problema nenhum, alias este é um assunto sempre em pauta por aqui. O problema é que ele juntou imigração com integração. E integração é quase um dogma na Alemanha.

O histórico teutônico com imigrantes é mundialmente conhecido, e para não ser tachada novamente de racista e sofrer outras privações e punições, geralmente os políticos em geral têm muito cuidado para lidar com imigração e principalmente com o tema integração, pois até o momento não se chegou a um consenso do que seja integração.

Logo após a Segunda Guerra Mundial, e com a Alemanha destruída, vários povos emigraram de seus países a fim de reconstruir a Alemanha. O maior contingente veio da Turquia, e que também é uma das maiores populações de imigrantes por aqui.

Entendido um pouco da história, chegamos ao grande cerne do livro do senhor Thilo Sarrazin, Deutschland schaff sich ab (algo como Alemanha abolida). Dr. Sarrazin defende que a não integração de certos povos vêm causando problemas para a Alemanha. Tudo bem até aqui, nada de controverso, certo? O problema é que ele resolveu deixar de ser político e generalista e disparou especificamente contra a comunidade turca, causando um tremendo mal estar em todo o alto clero político e gerando discussões intermináveis em todos os meios de comunicação.

Em um dos trechos do livro ele cita: „Integration ist eine Leistung dessen, der sich integriert. Jemanden, der nichts tut, muss ich auch nicht anerkennen. Ich muss niemanden anerkennen, der vom Staat lebt, diesen Staat ablehnt, für die Ausbildung seiner Kinder nicht vernünftig sorgt und ständig neue kleine Kopftuchmädchen produziert.“

Tradução: "A integração é um benefício para quem está integrado. Alguém que não faz nada para se integrar, eu não vou reconhecê-lo. Não preciso reconhecer alguém que se beneficia de um Estado e que e ao qual se recusa a ser razoável para a educação de seus filhos e continua constantemente gerando novas meninas de lenço na cabeça. "

Em resumo ele defende que não é justo por parte destes imigrantes gozarem dos benefícios de um país ao qual se recusam a declaram como seu.

80% da população questionada em off por canais de TV concordam com a opinião do Dr. Sarrazin, porém não admitiriam isto em público. O problema existe, todos conhecem algum caso, mas por conta das retaliações do passado, o povo alemão tem receio em se manifestar publicamente a favor para não ser novamente tachado de discriminador. O resultado é que Dr. Sarrazin perdeu seu emprego no Deutsch Bank e foi expulso de seu partido SPD. O que me faz lembrar de novo do Mito da Caverna de Platão.....

Do meu humilde ponto de vista acho que ficar em cima do muro não vai resolver o problema, mas fazer declarações contundentes também não. Infelizmente tenho que concordar, não me lembro o nome do filósofo agora, que a religião cega o homem. Neste caso, a barreira para a total integração destes povos é a religião que é totalmente diferente das religiões ocidentais.

Em primeira instância e, como mulher, não posso concordar com uma religião que coloca um ser humano numa categoria abaixo só porque nasceu mulher, e assim, perde automaticamente o direito à várias coisas.

Fazendo um link para o caso da iraniana que teve uma pena de apedrejamento decretada porque teve um caso com alguém após a morte do marido. Detalhe é que até o momento ela não teve direito a um julgamento justo e imparcial. Foi julgada somente por familiares homens e outros influentes da vila onde morava. Dizem que o caso está sendo julgado na superma corte do Irã. O caso está sendo noticiado pelo mundo inteiro. E eu te pergunto, dá para concordar com isso? Mesmo que ela tenha feito algo de errado, é o caso para uma barbaridade como esta?

Innnntão é uma pena que uns e outros tentem abrir os olhos de uma nação e seja reprovado publicamente. É uma pena, que no ano 2010 aindam existam povos que acreditem que a mulher é um ser inferior e merece sofrer qualquer tipo de castigo. É uma pena que até hoje os homens aindam não aprenderam a se integrar. E então, o que é integração para você?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Mães têm um drive que pais não têm...

Mães têm um drive que pais não têm...

Innnntão que ontem estava euzinha passando roupitchas do pitico para iniciar bem a semana. Eis que eu havia deixado pitico na banheira depois de ter já dado banho nele. Normalmente damos o banho, propriamente dito, e o deixamos brincando na água para cansar e dormir melhor. Mozão estava por perto, mas fazendo uma coisa e outra pelo corredor. De repente escuto, “splash, splash” (barulho de água caindo no azulejo). Neste momento pensei, Pitico está jogando água fora da banheira, e imediatemente gritei: “-Hei Pitico, não é para jogar água fora da banheira!”. Mozão grita lá do corredor: “-Como a Momy sabe que ele estava jogando água fora da banheira?”.....

Cheguei a conclusão que Mães têm um drive que pais não têm...a gente sempre sabe antes o que nossos filhos estão planejando ou são capazes de fazer.

Bom banho!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Intão que não suporto gente sem noção....

Intão que estou eu trabalhando e pipoca um msn interno. Vou ver, uma fulana perguntando se estou em reunião. Detalhe é que este msn interno é integrado com o outlook, intão que aparece meu status, que no caso era de reunião. Eu ainda estava na minha mesa por conta de uma ligação, e a reunião tinha sido atrasada em 15 minutos. Resolvi responder e disse que ainda não, mas estaria dentre em pouco. A pessoa em questão, innntão me pergunta se eu quero ir tomar um café, e eu respondo que dentro de 30 ou 40 minutos eu poderei ir, pois afinal eu ainda teria uma reunião. No more comments, fui para minha reunião pensando: - Se uma pessoa vê que outra pessoa está com status de “em reunião” , por que envia uma msg perguntando se a pessoa está em reunião??

Voltei e, por educação que meus pais me deram, enviei uma msg dizendo que podíamos ir tomar café. Como a fulana não havia respondido antes, eu inocentemente tinha em mente que íamos tomar um café juntas. Eis que me volta a resposta da fulana dizendo que já tinha ido tomar café....

Por que sem noção?
- Primeiro porque me envia uma mensagem mesmo vendo que talvez eu não responda por estar em reunião,
- Segundo porque me faz uma pergunta óbvia mesmo vendo meu status sinalizado “em reunião”,
- Terceiro que manifesta o seu desejo em ir tomar café e não leva em consideração que eu não bebo café à tarde (mal posso tomá-lo pela manhã),
- Quarto que nem se dá ao trabalho de responder, mentir ou ser educada e simplesmente enviar um msg dizendo “obrigada, mas em 30 minutos eu não posso, fica para a próxima”.

Como eu sigo a filosofia do espelho, nem perdi meu tempo respondendo a última mensagem da fulana.

Bom café!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Inverno chegando.....ai

Intão que tá chegando o inverno, intão que de novo não tenho roupas.....intão que vai rolar discussão com Mozão outra vez....

Simples: homens e mulheres têm necessidades diferentes de compras. Mozão por exemplo, se tiver 2 camisas, 2 camisetas, 2 camisetas polos, 2 calças jeans, 2 ternos e 2 bermudas tá felizão e bem vestido para qualquer ocasião. Temos que admitir que Mozão tem fraco para sapatos, mas eu deixo. Já eu euzinha preciso de um closet só pra mim....ou melhor, eu queria poder ter um closet só pra mim.

Não que eu não tenha muita roupa, pior é que tenho. A má notícia é que são da minha fase pré-casamento, outras do período pré-Alemanha, outras ainda do período pré-gravidez. E elas teimam em não me servir mais. Mas minha perseverança ainda as mantém vivas no meu guarda-roupas. Eu vou caber nelas de novo e estou me esforçando para isso.

A saga de poucas roupas vai continuar eternamente na minha vida, e não por causa do meu corpo, mas porque eu adoro uma coisinha nova. Não sou ligada em Marca e sim no famoso vestir bem, custar pouco e durar bastante. Assim, eu adoro comprinhas de oportunidade, que são o calcanhar de aquiles de Mozão.... Mozão precisa de razão, budget e aprovação. E quando ele vai às compras é de sacolada, porque ele tira tudo primeiro do ármário, doa, ou se desfaz e vai lá e substitui tudo de uma vez. Assim, ele faz compras 2 vezes, no máximo 3 vezes no ano. E tem também a parte da generosidade que Mozão deixa às vezes de comprar coisas para ele para eu poder ter meu momento roupitcha nova.

Ainda não sei como vou fazer, porque minha lista está meio longa para os padrões do Mozão:

- Casaco de invernão (vi um com a Sogrona que gostei e estava num preço bárbaro, mas infelizmente não estava no nosso planejamento familiar)
- Botas de neve (ainda estou pensando se botas de neve ou se o estacionamento do prédio....vai para a pauta de discussão com o Mozão junto com o item anterior)
- Botas pretas (as minhas são de 2007 e já estão pedindo bicos novos, pois tropeço que é uma coisa....Mozão, olha aí, já estou dando uma boa razão :0 )
- Cardigans tiozinho sukita (tenho 2 curtinhos, mas quero uns mais longos para usar com cinto....o que me leva ao próximo item da lista)
- Cintos (nunca tive fissura por eles, mas eles estão em alta e eu só tenho os basiquinhos de usar com calça jeans)
- Calça Jeans Levis para pessoas com curvas (tá bom, um pouco de frescurite, mas como tenho dificuldade em achar calças que fiquem bem, essa novidade parece ser o atendimento às minhas preces, será?)
- Blusas de frio mais estilozinhas, para trabalhar, sair, ficar em casa...enfim, blusinhas que componham um visu bonito mesmo depois que você tira o capotão)
- Lingerie

É lógico que na minha lista ainda cabem algumas bijus, batonzinhos, seruns..........

Mozão, que vc acha?