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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Alemanha e Vistos

Hallöchen,

Sempre me perguntam sobre vistos e burocracias e processos e tudo mais. O pessoal do Alemanizando fez um vídeo muito legal sobre isso.

Liebe Grüßen,


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Receita de Feijoada Alemã

Innntão que resolvemos oferer um almoço para um casal de amigos, e decidimos por fazer uma receita brasileira. Foi-se euzinha para cozinhar fazer Feijoada, e de quebra Mousse de Coco com Ameixas em calda de sobremesa.

Pegue a caneta e papel e anote ingredientes alemães para uma Feijoada.

Feijoada Alemã (para 6 adultos famintos)
500g Schwarzen Bonnen (feijão preto mesmo, que em Berlim você encontra em qualquer supermercado)
3 Kabanossi (substituição para o Paio e Linguiça Calabresa)
400g Geräucherter Kassler Rippen (substituição para a Costelinha de Porco)
300g Carne Seca (em Berlim você encontra fácil em Mercados Hispânicos, caso seja difícil para você, substitua por Geräucherter Schwartzwald Schinken)
100g Speck (nosso querido Bacon)

Alho, cebola, cheiro-verde e pitmenta são a gosto. Como por aqui os produtos defumados são bem salgados, eu evito usar sal antes de tudo estar pronto. Eu também cozinho tudo separado e só junto no final, a fim de evitar aquela gordurinha nojenta que fica por cima quando a feijoada esfria.

Para o Mousse de Coco não tem muito segredo, e nem muita substituição:
1 lata de leite condensado (é amiga, aqui tem Leite Condensado e se chama Zucker Condensed Milch)
1 lata de Leite de Coco Cremoso (atenção que tem que estar escrito Cremig na lata, porque por aqui existe o Flussig, que praticamente é só água de coco)
50g de Coco ralado (Kokos Raspel )
1 Envelope de Gelatina sem sabor (Gelatine ohne Geschmack)
Bata tudo no liquidificador e coloque para gelar.

Procuramos Ameixas em Caldas e sinto informar que não existem por aqui. Portanto apelamos para a versão feita em casa:
1 lata de ameixas secas sem caroço (Getrockenen Pflaumen)
500ml Água
1 xícara de açúcar
1 dose de Disarono
1 dose de Vinho do Porto
(estes eram os licores que eu tinha em casa, e decidi misturar os dois, você também pode tentar com vinho ou qualquer outra bebida álcóolica que você tenha em casa. Ahhh, a dose é uma dose pequena, tipo uma xícara de expresso!)
Coloque tudo numa panela, leve ao fogo, e deixe ferver por uns 20 minutos. Pronto.

Bom, fotos não tirei porque sou uma relaxada mesmo e já estava cansada por estar 2 dias cozinhando (sim, eu faço a feijoada de véspera). Só posso dizer que a galera gostou, repetiu e ficaram fascinados com a farofa!!! (sim, de farinha de mandioca...infelizmente para isto ainda não encontrei substituto e compro a minha em Mercados Hispânicos). Ainda tinha arroz branco, vinagrete e filet de laranjas (chique, não? Aprendi com o Galileo). Ahhh, e claro Caipiroska (porque eu não gosto de Cachaça, inntão era de Vodka) de Kiwi e Limão (que eu sou fina, bem, tem opissão di iscolha).

Todo mundo satisfeito, inclusive as crianças, que ganharam mesinha especial, com direito a guardanapo do Merlim, cadeirinhas coloridas e Menu especial (bolo de legumes, blagh!).....ahhh, ia quase me esquecendo...e Guaraná Antarctica...ahahaha (amaram!).

No fim do evento dei-me por satisfeita, pois afinal atingi meu objetivo que era estreitar nossas relações com os alemães e aumentar nossa rede social (porque Relações Públicas que se preza não faz evento sem objetivo...Ai se MM me visse agora, teria orgulho de mim!). O breakeven foi fantástico, não só satisfiz nossos convidados, como de quebra ganhei Telefone, Celular, Email, Endereço, e Telefone de Casa de uma PEDIATRA!!! (pausa para se recuperar da euforia...você que já leu posts anteriores sabe a tragédia que é ter filho pequeno sem seu personal pediatra).

Guten Appetit!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Copa do Mundo 2010

Que loucura, já começou!!! Aliás o Brasil até jogou. Não fez feio, ganhou. Mas também não fez bonito. Fez eficiente, do meu humilde ponto de vista de torcedora.

Por aqui, muitos comentaristas alemães falaram do jogo e senti um certo preconceito aliado a uma decepção. Na verdade acho que era dor de cotovelo mesmo.

O futebol arte do Brasil deu lugar a um futebol tático, cheio de toques e análises. Espera-se isso do futebol alemão, e por isso acredito que os comentaristas procuraram diminuir a atuação do Brasil.

Alemanha jogou muito bem. Venceu por 4 gols a seleção da Austrália. Mas pensemos: mais da metade dos jogadores alemães jogam em seu pais, e pelo menos 5 deles jogam no campeonato nacional no mesmo time, ao passo que a tradição de futebol na Austrália beira a inexistência e todos os jogadores ou jogam em pequenos times locais ou estão por aí, espalhados pelo mundo.

Eu acredito sim em entrosamento, química em campo. Afinal, são 11 pessoas que precisam confiar um no outro e deixar brilhar quando for o momento.

Voltando ao jogo do Brasil, senti falta de personalidade. Ou melhor dizendo, senti falta de jogadas individuais. Parecia que todos tinham que tocar uma determinada quantidade de vezes na bola, tipo um comunismo futebolístico onde todos têm que contribuir em igualdade. Mas futebol é um jogo de equipe onde se precisa de estrelas. Precisa-se daquela pessoa que corre mais do que as outras, do outro que chuta melhor, do outro que cobra escanteio como ninguém, do zagueiro "muro" que não deixa nada passar.

Para mim parecia que todos jogavam em todas as posições, sem ninguém com uma habilidade especial.

Bom, como brasileira que não desiste, continuo torcendo. Que venha a Costa do Marfim.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Elevador e Garagem, como fazem falta!


Hallöchen,

Sumida, sumida...hehe, não tem desculpa. Ou melhor tem sim: 3 meses de férias na casa de meus pais e meus sogros no Brasil. Foi ótimo, um descanso, e foi muito bom principalmente para Lukas que ficou muito à vontade com o verão Brasileiro.

Sabem que gosto de escrever sobre as diferenças Brasil e Alemanha, e tenho que dar pontos neste post para o Brasil.

No meu prédio aqui em Berlim tenho por sorte elevador. É um elevador que foi adaptado do lado de fora do prédio, mas já uma ajuda com as compras, bebê e tudo o mais. O lado ruim é que é um elevador para transportar pessoa, e foi colocado ali como um auxílio. Ou seja, ele não foi planejado para ser usado por mais do que 2 pessoas.

Quando compramos o carrinho de bebê do Lukas, nem passou por nossa cabeça que a largura da porta do elevador poderia ser um fator importante na compra deste utensílio. Qual não foi nossa surpresa, quando chegamos em casa e o carrinho não entrava na porta. Tentamos de várias maneiras, e nada. O carrinho simplesmente é mais largo do que a porta. E agora? O que fazer? Subir os 5 andares de escada? Depois de muito matutar, e por sorte sou casada com um engenheiro, ele teve a brilhante idéia de retirar as rodas traseiras, que eram as mais largas. E pronto! Conseguimos entrar com o carrinho.

Tudo isso pra dizer que senti um conforto enorme no Brasil em poder entrar e sair de elevadores sem me preocupar com a largura da porta, e passar tranquilamente com Lukas por qualquer porta de elevador.

Outra coisa que eu não sabia que ia amar, e agora sentir falta. Praticamente todos os edifícios no Brasil tem garagem no subsolo. Ou seja, você entra no elevador no seu andar e desce até a garagem onde seu carro a espera. Diferentemente de Berlim, onde quase todos os prédios são antigos e restaurados, com no máximo 5 andares, e a garagem fica......na rua. Exatamente, você desce, e entra no seu carro na rua. Estacionado como tantos outros perto do seu prédio.

No verão eu não senti tanto problema, a não ser ter que todos os dias buscar uma vaga para estacionar perto do prédio. Mas, agora no inverno, é terrível descer com criança e ainda andar bem devagarinho sobre a neve que já congelou, e ter sorte de não escorregar até chegar no carro. Então retirar a neve do pára-brisa, vidros e portas laterais, e só então poder entrar no carro.

Mas é a vida, e tenho que admitir que eu já estava sentindo falta de Berlim depois deste tempo todo no Brasil.

Gruss,