terça-feira, 31 de agosto de 2010

Então, finalmente pude aproveitar um pouco da visitança da família e fazer um programa de adulto. Morzão e eu fomos pro cinema, parecendo dois adolescentes. Compramos pipoca, nachos com muuuuiiito molho, cerveja e seven-up (porque só vendiam coisas da Pepsi, e vamos concordar que só tomo Pepsi se for de graça em festa caipira. Aí Coca, oportunidade de negócios com o Sony Center). Fomos ver Inception, ou A Origem aí no Brasil.

Sentadinhos felizes, lugares pré reservados porque Morzão é super high tech, eis que chega a tchurma do lado. Maior cheiro de cigarro. Temos poucos preconceitos claros na nossa curta vidinha a dois, mas depois de 2 anos sem poder is sozinhos no cinema, ter tomado um belo banho de perfume novo que ganhei do Morzão da Burberry, sair de lá cheirando cigarro estava fora de cogitação. Morzão então trocou de lugar e rezamos para que o cinema não enchesse ninguém chegasse depois de certa hora pedindo o lugar. Mas como não era nosso dia de ganhar na mega-sena, chegaram a trupe do outro lado e Morzão teve que voltar para o seu lugar. Solução foi ele cheirar meu pescoço a noite toda.

Voltando ao filme, tenho que dizer que gostei. Filme com referências claras de Matrix mas muito bem feito. Até reconheci um dos atores que participou de 10 Coisas que odeio em Você. Nuossa, como ele cresceu. By the way o nome dele é Joseph Gordon-Levitt. Então, filme massa e tal, dizem que o pirado que fez a trilha sonora variou sobre uma música só e tal. Enfim, vale a pena.

Saindo do cinema, Morzão, como bom pensador que é, começou a viajar nas cenas do filme e a elocubrar longe. Saltou alto mesmo. Tanto que minha antiga professora de semiologia ia adorar ter uma longa conversa com ele. Mas como euzinha sou bem menos viajandona eu só conseguia imaginar o roteirista com os fodões da Warner tentando vender o peixe: então, é a estória de um cara que dorme num avião, e sonha, e ele envolve todo mundo no sonho dele, e ninguém na platéia vai conseguir distiguir quando for sonho ou realidade. Aí, um mais chutado acrescentou, vamos introduzir algo mais profundo, e vamos falar de novo do Mito da Caverna de Platão. Um chefão diz, pois é, legal, brincar com os opostos, luz e sombra, sonho e realidade, e tal. E algum outro concluiu, maneiro, será como plantar uma idéia na cabeça de alguém. Pronto, a merda tava feita e o roteiro do filme pronto. Sempre participo de um monte de reunião sem sentido, onde fala-se, fala-se e não se conclui nada e me pergunto todas as vezes como teria sido uma reunião que acabou em alguma coisa.

Isso tudo e não chego a conclusão nenhuma, e no fim acho que Morzão só queria um papo cabeça, mas eu estava cheia de seven up na cabeça e só queria falar bobagens. Às vezes é bom ser adolescente de novo.

Bom filme!

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